Transilvania Season - Ep 3, Vlad
Depois da cansativa batalha que travara com Alexis, Vlad finalmente tinha o seu merecido descanso. A sua amada estava sã e salva, junto ao seu corpo. Não esperava ele encontrar tamanha destruição pela mansão. Nem as novidades que o assolavam…
"The Spider’s Web" by Vladimor Iorganov
Estava atordoado depois da batalha que travara. O corpo
pesava-me mais do que nunca e, por muito que desejasse, não conseguia nem mexer
um dedo que fosse. Então a fadiga e o cansaço apoderaram-se de mim e caí na
inconsciência, mas antes disso, com uma réstia de energia elaborara um
encantamento, de forma a recuperar as forças mais rápido que o normal, e o
mundo ficou negro.
Os sentidos voltaram, mas com dificuldade! Quanto tempo
tinha eu ali ficado inconsciente?
- Não ficaste assim tanto tempo inconsciente meu amor… - Um
sentimento estranho apoderou-se de mim… Aquela doce voz! STRATIS!
- Stratis, és mesmo tu? – A voz tinha-me saído com
dificuldade… Estava mesmo feito em cacos.
- Sim Vlad, sou eu! – E senti o seu aperto suave de um
abraço de saudade.
- Meu amor! – Finalmente conseguira abrir os olhos e vê-la
ali, a abraçar-me como há muito tempo não o fazia. – Estás bem? – Que pergunta
idiota… É claro que não estava bem… Esteve encarcerada uma imensidão de tempo
numa dimensão de fotografia… Ninguém poderia ficar bem depois daquilo.
- Estou agora! – Senti as suas lágrimas a escorrerem pelo
meu peito. Mas as suas palavras foram as que me fizeram soltar o meu pranto de
alegria e alívio. Assim ficámos um bocado, abraçados um ao outro como
apaixonados que éramos.
Foi depois de algumas horas mais que me lembrei então das
residentes da mansão… O que será que lhes terá acontecido?
- Meu amor, espera-me, pois sinto que algo não está bem
pelos lados da mansão…
- E não está mesmo! Acho que devias ir lá... Mas não te quis
acordar pois tinhas de recuperar… Dei-te uma ajudinha mas, mesmo assim…
- És demais meu amor! Desculpa-me por não ter conseguido
encontrar-te antes e principalmente por agora estar preocupado com os da
mansão, mas… Depois conto-te, pode ser?
Ela apenas fez que sim com a cabeça e ainda as lágrimas a
escorrerem suavemente pela sua face. Encaminhei-me então para a mansão.
Conseguia correr mas sentia-me fraco, muito fraco ainda. Contudo, captei um
cheiro familiar… “Sheftu Nubia… mas o que faz ela pelo bosque quando a mansão
está, pelos vistos, num reboliço?”
Segui o rasto do seu cheiro mas de repente mudara de
direcção. “Não pode ser coisa boa…tenho um muito mau pressentimento sobre
isto…” Foi então que avistei uma carrinha e era dali que emanava o odor doce a
rosas da Sheftu. Transformei-me para uma perseguição mais rápida.
- Sabes meu irmão…não devias vir aqui…a mansão
ficou feita em cacos…vai ajudar as tuas amiguinhas. – Alexis estava a
falar comigo por telepatia, não consigo deixar de achar isto surpreendente…
Mas… O aroma que vem da carrinha não é só o da Sheftu… Será que é o da Pan?
Não houve tempo para grandes deliberações. Além da fraqueza,
um raio de luz veio direito a mim e não me consegui desviar… e assim desfaleci
mais uma vez…
Acordei no meio de uns arbustos com Stratis a acariciar-me a
testa. Tinha noção que tinha ficado mais umas horas perdido no negrume da
inconsciência… Que vergonha…
- Anda Vlad… - E pôs-me de pé mais uma vez - Vai para a
mansão…
Assenti sem saber o que dizer… Ela parecia mesmo preocupada
com o que eu estava a sentir. Mas não estaria eu a ser egoísta no meio de toda
esta situação? Afinal de contas ela tinha ficado enjaulada aquele tempo todo…
Senti a frustração a começar a abalar-me…
- Stratis…
Não disse nada mais a não ser o seu nome perante um longo e
pesado suspiro e beijei-a profundamente para saciar o fogo que me consumia.
Para me quebrar a barreira de saudade que me parecia ainda separar da dryad que
tanto amava. Depois, corri sem aviso para longe da sua vista mas ainda no seu
olhar.
Cheguei a mansão e estava ofegante. E por isso mesmo os
cheiros ficaram-me mais fortes. Os sentidos estavam apurados e o cheiro a
sangue e cinzas estavam activos no ar. A morte tinha ceifado o seu trigo.
Horrível! A mansão estava pior que eu… feita literalmente em cacos. Janelas
partidas, paredes arruinadas e a porta principal completamente destruída. Sem
dúvida que uma batalha séria aqui se deu…
- Mais uma criatura é? - Uma voz estranha aos meus ouvidos,
e tão próxima… não é normal… Coloquei-me instintivamente em guarda.
- Não apenas mais uma… Se isso te serve de resposta…
- Armado em esperto é? – Uma segunda voz e que não me
parecia nada simpática.
- Não quanto vocês… Escondidos e sorrateiros como ratos! –
Cheirava-me a humanos… Será que foram eles que atacaram a mansão? Será que
Alexis decidiu contratar alguns caçadores? Improvável mas não impossível…
Após a ofensa eles apareceram, dois humanos, um à minha
esquerda e outro a direita. Não traziam armas, mas a sua presença era o
suficiente para perceber que não eram humanos normais. O da esquerda, um homem
alto e muito bem constituído mas estava ferido e fedia a cinzas. O da direita
mais alto e muito bem-parecido e via-se estar pronto para tudo pois nos seus
olhos ardia um fogo diferente.
- Com que então sorrateiros como ratos… Não é muito
apropriado para alguém que veio ver os despojos pois não? – Disse o da esquerda
num tom de desafio.
- Concordo! Chamar ratos a quem acaba com a tua espécie…
Fazes-me rir seu vampiro de meia tigela! – Picou o da direita.
- Então foram mesmo vocês que atacaram, é? – A fúria invadiu
o meu ser e a transformação deu-se de imediato, embora fosse um erro visto
estar fraco como estava…
- Um lobisomem? – Disseram os dois de imediato e em coro com
o espanto nos olhos.
- Agora os ratos já não estão tão convictos é?
- Não…não tem a ver com isso… - Disse o da esquerda com uma
certa calma mas em guarda.
- Vla-qualquer coisa não é verdade? – Inquiriu o da direita
mantendo uma certa confiança na voz.
- Nem o meu nome sabem como deve de ser. – A raiva estava a
começar a tomar certas proporções. – Antes de acabar convosco, quem vos mandou?
- Ninguém! – Disse o da direita com um ar ofendido. – O meu
nome é Dean e aquele é o Frankie!
- Isso é suposto dizer-me alguma coisa? – Acho que já ouvi
este nome algures… hummm
- Deveria se és amigo da Carmen… - A pose dele mudou
relativamente a anterior… estava agora com um tom desconfiado e agressivo.
- Ahhhh! Já me lembro! – Que estupidez a minha…Dean… A Pan
levou um enxerto da Miss Carmen por gozar com ela sobre este nome… não sabia é
que seria este humano… mas o seu cheiro está diferente, foi por isso que não o
consegui distinguir… - Desculpem a minha desconfiança. Mas muito se passou por
aqui e estava apreensivo - acalmei-me e voltei a forma humana. Visto já não
representar um tão grande risco, eles também relaxaram um pouco. O silêncio
estava a piorar um pouco as coisas e a tensão era quase palpável. – Digam-me…
hanm… Onde está a Miss Carmen e o Lawrence e todos os outros?
Foi aí que descobri o que se passara na mansão. E
sinceramente não queria acreditar… Eles não quiseram entrar em grandes
pormenores mas foi o suficiente para me deixar um pouco abalado…
- Posso falar com a Miss Carmen?
- Vou chamá-la… Espera aqui um pouco Vladimor.
E assim parecia começar uma caçada ainda mais estranha…
Alexis sem dúvida estava naquela carrinha! Mas junto de Pan…mas que raio estará
a acontecer?
еxactly whеre do wе οbtaіn electroniс cigarеttеs
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