Inverness Season - Ep 26, Carmen

Pan parecia voltar para o mundo de Carmen e não seria bem-vinda. Era bem mais do que um pequeno desacordo constante pelo passado que tinham. Bem mais do que a simples tentativa de fazê-la virar cinza. Pan merecia um valente safanão, talvez até a morte. Tanto faz! Desde que aquele sorriso de serpente acabasse mesmo debaixo dos seus socos!

“Courtesy” by Carmen Montenegro


A noite agora estava perto de se transformar em dia, apenas a umas horas de distância, as estrelas brilhavam mais do que nunca e as nuvens grossas eram quase invisíveis. Estava frio, para qualquer humano estava muito frio mas, para mim…era indiferente. O meu casaco preto esvoaçava atrás de mim, as minhas botas de salto ressaltavam no asfalto, a minha mini-saia preta estava um pouco amarrotada mas era disfarçável. Tinha arranjado o meu cabelo, apanhei-o num rabo-de-cavalo meio largo com algumas madeixas soltas. Olhei para trás, para ter a certeza de que não era seguida e, não o era mas, não sabia porquê aquela sensação não me abandonara.
Aproximei-me do portão da mansão, puxei-o e foi então que parei num espanto total. O meu queixo caiu, os meus olhos abriram-se não querendo acreditar no que estava estacionado mesmo ali perto da garagem. O meu Mustang. A minha beleza negra, de jantes límpidas, janelas esfumadas, com as letras metálicas escritas ao lado, todo ele feito por encomenda. A minha querida estava ali, estacionada. Aproximei-me do carro, passei a ponta dos dedos pelas suas linhas. Estava mesmo ali!
Espera, se o carro estava ali significa que alguém o trouxera. E da última vez que vi o carro Pan levara-o rua abaixo. Não podia ser. Ah… Se aquilo que eu estava a pensar era verdade, iria haver carnificina hoje!
Voltei-me e corri para a porta, abri-a de rompante, não tardou até ouvir a sua voz, numa risadinha tonta e falsa, como sempre fora. Sentia a raiva a borbulhar dentro de mim, tirei o casaco e atirei-o para o meio das flores, sem me importar. Cheguei a sala e vi-a a falar com Eric, ele escutava-a com os olhos fechados, os dedos a agarrar a cana do nariz num gesto de tentar ganhar paciência mas, no meu caso a minha já se fora a muito tempo.
- PAN! – Gritei o seu nome no fundo do meu ser e raiva. Ela voltou-se para mim com aqueles olhos de cobra, Eric ao seu lado desviara a o olhar para mim.
- Carmen! – Respondeu ela. - Como estás?! Como vês…
Ela ia falando, falando, falando mas, a única coisa que eu ouvia era o silêncio. Subitamente, o tempo parou e tudo se movia lentamente. Os seus lábios mexiam-se, provavelmente tecendo uma mentira qualquer mas, eu não queria saber. Movimentei-me rapidamente, passo atrás de passo, já sabia muito bem o que ia fazer e Eric também, tanto foi que o vi descruzar os braços e um ar de espanto formara-se na sua cara.
Pan, ainda falava mas, eu não a ouvia-a. Aproximei-me o suficiente, mas, sempre a ver tudo mais lento, levei a mão direita atrás do meu ombro esquerdo e desferi uma chapada forte com as costas da mão. A cara de Pan voltou-se com o impacto, ainda recuou uns passos e quando olhou para mim tinha um ar de choque, com um fio de sangue a escorrer pela sua boca. Levantei a mão e desferi uma nova chapada do outro lado da sua cara.
- Carmen! - Eric puxou-me pelo braço, afastando-me a alguns passos de Pan e fazendo com que tudo voltasse à velocidade normal. - Qual é o teu problema?
- O meu problema?! – Berrei eu. Apontei o dedo a Pan - Que tal, o facto de ela me ter roubado o carro?
- Ele está ali. – Respondeu Eric. - Não vale a pena barafustar.
Eu voltei a avançar para cima dela mas, Eric segurava-me com força.
- E a armadilhazinha que ela me arranjou? “Umas boas horas!” Cheguei lá e nem 10 minutos se passaram e o feitiço passou o efeito. Quase morri.
Pan largou a mascara de vítima e mostrou o seu o seu lado feroz. Sem qualquer medo, avançou uns quantos passos.
- Não era isso que tu querias? Ir ter com o teu Dean? Matar a morrer? Eu simplesmente ajudei-te…
Rosnei, larguei-me de Eric, corri até Pan e mandei um valente pontapé na sua barriga. Ela levantou voo e caiu mesmo de costas nas escadas de mármore. Fiz baixar as minhas presas, aproximei-me dela, agarrei-a pelo pescoço e levantei aquele corpo escanzelado do chão mas, antes sequer de ter qualquer outra ideia, vi algo a correr na minha direcção. Fui agarrada pela cintura, puxada para longe, ainda me tentei soltar.
- Larga-me, Eric. Vou dar cabo dela… Há muito que ela anda a pedi-las.
- Pena, que eu não sou o Eric.
Olhei para trás e vi que quem me segurava pela cintura era Vladimor. Pan já estava de pé, estava furiosa e ia avançar na minha direcção quando Eric se colocou entre nós. 
- Vai-te embora.
- O quÊ?!
- Vai-te embora, Pan! Estou farto destas cenas entre tu e a Carmen. Já vinha desde há muito tempo e aquele truquezinho não teve a mínima piada. Carmen podia ter-se magoado a sério.
- Mas, foi o que ela me pediu!
- Vai-te embora!
A sua cara observou a de Eric e a seguir voltou-se para mim.
- Estás sempre a defendê-la! Sempre! Não vês que ela é uma triste? ELA NÃO TEM SALVAÇÃO, ERIC!
Aquela voz irritava-me de morte. Só queria esganá-la. Esmagar-lhe os ossos. Arrancar-lhe os cabelos…
- Raios, larga-me Vladimor! Eu vou arrancar-lhe os ossos…
- Podes vir, sua tonta…não tenho medo de ti! Não passas de uma idiota, imatura e uma humana disfarçada de vampira!
- CHEGA! - Eric num gesto de impaciência agarrou Pan pelo braço e saiu com ela da minha vista. Ela continuava a barafustar enquanto era levada pelo braço por Eric; Senti-me acalmar assim que ela abandonou a minha vista e, nesse momento, lembrei-me que ainda era agarrada pela cintura.
- Podes largar-me, Vladimor.
- Posso? Não vais tentar arrancar-me os ossos?
- Não.
Ele afrouxou o seu aperto lentamente e a seguir afastei-me dele em direcção às escadas. Levei a mão ao cabelo e estava irritada, sentia a cabeça a fervilhar. Aquela Pan…se o destino fosse misericordioso não a meteria no meu caminho tão cedo.
- Eu consigo ver quando uma mulher viu os desejos realizados, Carmen. – Eu parei nas escadas quando ouvi a voz de Vladimor. Voltei-me a tentar ver onde iria a conversa.
 - Desculpa?
Vladimor riu-se de maneira cordial.
- Está escrito na tua testa e, para além disso tens o cheiro dele em ti. – Começou a recuar sempre a sorrir como se fosse uma piada privada. - Que tenhas o resto de boa noite.
Vi-o ir-se embora, sem perceber muito bem onde queria ele chegar. Vladimor para além de misterioso, sabia ser muito estranho.

Rodei a maçaneta da porta do meu quarto e empurrei a porta, quando a fechei, encostei-me. Olhei para a janela que mostrava a cidade de Inverness ao longe, decorada com luzes e não deixei de sentir uma sensação de nostalgia. Desviei o olhar para a minha cama e foi então que reparei numa mochila preta. Reconheci-a logo. Não deixei de sorrir, ele era simplesmente impassível.
Voltei a cabeça para a casa de banho.
- Qual é a parte de “não me sigas” que não entendes, Dean?
- Sou teimoso.
Dean saiu detrás da parede, encostou-se a ombreira da porta. Trazia roupa diferente no corpo, as calças eram pretas, a t-shirt era branca, o cabelo estava húmido; numa mão trazia um copo.
- Entrar numa casa cheia de vampiros…
- Se não me queres aqui, manda-me embora.
Ignorei a provocação desenhada naquela frase, naquele momento tê-lo longe de mim era a última coisa. Voltei-me para a cama, aproximei-me e puxei a mochila; Abri-a e reconheci a caixa castanha. Abria-a e logo vi as minhas queridas pistolas, ainda ali estavam limpas, luzidias e com as minhas iniciais ainda gravadas. As balas também lá estavam, todas elas ainda por utilizar. Então, algo que também não via há algum tempo, apareceu a baloiçar a minha frente. Reconheci as tiras de prata, os traços fortes, o brilhar dos rubis.
- A minha Flor… - Disse, espantada. Dean baixou os braços poisando o fio no meu pescoço. A princípio o seu metal frio fez-me confusão mas, depois habituei-me. Passei os dedos pelas suas linhas e sorri matando a saudade.
As mãos de Dean entrelaçaram-se em volta da minha cintura, encostei a cabeça ao seu peito e ficamos em silêncio. Éramos embalados pelo bater do seu coração e a sua respiração calma era a única coisa que eu ouvia. Mergulhamos no silêncio um do outro, em que as nossas mentes vaguearam. Não consegui evitar a estranha sensação de já ter vivido este momento: o de estar a ser abraçada por Dean, de estarmos os dois juntos completamente mergulhados na existência de cada um.
- Como é que eu passei de odiar-te toda a minha vida a sentir-me mal ao ver-me sem ti? – A sua voz saiu num sussurro como se quisesse preservar aquele momento com o máximo de silêncio.
- Eu acho que o Destino pregou-nos uma partida. – Respondi animada. Ele riu-se também e depositou um beijo na minha cabeça. - Como estás? Magoei-te?
- Não. – Respondeu Dean. - Nada que já não tivesse.
- O que aconteceu em Moscovo? Vi imensas nódoas e cicatrizes no teu corpo… Estiveste na explosão?
- Não. Eu só cheguei depois…- Largou um suspiro contra a minha cabeça, deliciei-me com o calor da sua boca. - Meti-me com quem não devia. Um dia explico-te, minha ruiva.
Minha ruiva?!
- Nunca te disse mas, sempre tive uma queda por ruivas.
Larguei uma gargalhada valente e ele também. Ele fez-me encará-lo, lancei as mãos ao seu pescoço e ele manteve a suas ao redor da minha cintura. Beijou-me na testa, causando-me um leve arrepio.
- Não estás a ter uma sensação de como já passamos por tudo isto? É que, o facto de estarmos assim abraçados, recorda-me algo… Juro que já vivi isto.
Ri-me animada. Ia responder mas não pude, o meu sexto sentido berrava alerta a alguém que se aproximava. Larguei-me de Dean, encostei o ouvido a porta e mesmo ao longe, mesmo ainda a entrada, reconheci os passos de Eric.
- O que se passa?
- Tens que sair daqui.
- Hã? Porquê?
- O Eric.
- O palhaço que disse que me matava se me aproximasse de ti? – Dean cruzou os braços e encolheu os braços. - Ele que venha!
- Sim, eu sei és um machão mas, não é tempo…- Aproximei-me dele e comecei a empurrá-lo para a janela. - Para demonstrações de testosterona.
Separei-me dele, abri a janela e voltei-me. Ele parou de andar e pôs as mãos na cintura.
- Vais atirar-me da janela?
- Vais saltar.
Agarrei-o por um braço e dei-lhe um puxão mais forte mas, Dean prendeu uns pés. Poderia puxá-lo mas, arriscaria a levar comigo o seu braço, portanto parei também.
- Hey, mas estás maluca!? O meu sangue subiu-te a cabeça? Vou partir uma perna!
-  Não é assim tão alto, Dean.
- Salta tu então, Carmen! - Parei. Eric ia subir as escadas mas, algo tinha-o detido. Encontrara Lawrence pelo caminho e os dois recomeçavam uma velha discussão. Ia mexer-me mas, Dean agarrou-me pelo braço. - Pensei que fosse ficar aqui contigo.
O seu olhar trespassou-me. A sua boca estava tão perto, os seus dedos percorreram os meus lábios…sentia-me a perder a noção.
- Agora não! Se o Eric apanha-te agora, espera-me uma nova sessão de discussão e intromissão da parte dele na minha vida! E, descobri que…
- Que?
- Que tenho acessos de raiva e posso chegar ao ponto de magoar o Eric. E isso é algo que, por mais que ele me irrite, eu não quero fazer.
A mão de Dean afastou umas madeixas da minha face, aquele toque fez-me ficar tentada a tê-lo em mim de novo.
 Peguei naquela mão, puxei-o para fora do quarto. Ficamos os dois parados no corredor, conseguia ver a sombra de Eric a formar-se na parede em meros segundos ele apareceria ali. Olhei para o corredor e avistei uma porta, levei Dean por um braço, abri o raio da porta e empurrei-o lá para dentro, só depois fechei mesmo a tempo de ver Eric a aparecer detrás da parede.
- Anda cá, temos que falar.
Mal, acabou de falar, entrou de rompante no meu quarto. Durante o curto percurso até ao meu quarto, eu só pensava em algo que impedisse Eric de penetrar a minha mente. Queria criar uma parede de imagens, sons ou memorias tudo o que afastasse Dean e a nossa paixão da mira de Eric. Conhecia bem, a sua fraqueza ele tinha como habito ler sempre a mente da pessoa com que se encontrava para se situar mas, quando essa habilidade lhe era retirada Eric desconcentrava-se.
Quando entrei ele estava no centro do quarto com os braços cruzados e com a minha mochila na mão. Atirou-a ao chão.
- Onde é que arranjaste isto?
- Foi o Lawrence. – Disse eu. - Deu-mas, como presente.
- Tinha de ser.
- Tens algum problema com o Lawrence, para além da disputa territorial?
- Ele é uma má influência em ti.
- De facto, não se pode confiar no Lawrence. Ele é protótipo do homem que desvia as pobres jovens inocentes do bom caminho.
- Só que tu não és inocente! Digo isto, porque ele quer que continues agarrado a tua essência humana…já olhaste bem para ele? A beber, a fumar, a vestir-se como um Lorde que um dia foi isso não é normal.
Revirei os olhos, perante aquela boca idiota. Debrucei-me, apanhei a mochila do chão e coloquei-a em cima do divã. Quando me voltei Eric já estava mais perto com o seu olhar penetrante, ao ver que não lhe respondia ele recarregava novas perguntas.
- Onde é que foste?
- Caçar, génio!
- Literalmente, foi? – Aproximou-se de mim, esticou o pescoço e cheirou o meu cabelo. - Tens um cheiro estranho em ti. Cheiras a floresta…

Peguei numa madeixa do meu cabelo e cheirei. Raios! Tinha o cheiro de Dean impregnado em mim, agora percebia a piadinha de Vladimor. Dean como tinha vivido no meio da floresta durante a sua infância adquirira esse cheiro natural. Um cheiro que eu adorava mas, naquele momento só me traria problemas. 
Voltei-me para Eric com olhar confiante.
- Tomei um atalho! – A sua boca ia abrir-se formando uma nova pergunta idiota mas, eu cortei-o. - Este interrogatório tem alguma finalidade?
Os seus olhos cravaram-se no meu pescoço.
- Já vi que tens a tua Flor. – Levei instintivamente os dedos ao meu amuleto. - Não a tinhas antes.
- Mas, tenho-a agora.
- Como?
- Oh Deus…
- Carmen, isto tudo é muito estranho.
- Estranho? Tu é que é que viraste um idiota desde que encontraste a Sheftu, criticas-me a toda a hora e agora, fazes este interrogatório sem qualquer sentido. Isto desde Moscovo! No mínimo o estranho aqui és tu…
A minha parede mental enfraquecia, mas consegui controlar a tempo um pensamento solto sobre Dean. Senti vontade de voltar-lhe as costas, não queria que ele visse Dean nas minhas memórias, por isso aumentei o paredão com coisas insignificantes.
Senti Eric mover-se atrás de mim, os seus olhos estavam cravados nas minhas costas. Era impossível não sentir aquele mirar intenso. Já sabia o que lhe passava pela cabeça, analisava as minhas respostas que até agora haviam sido eram curtas e grossas, o suficiente para levantar suspeitas sobre a minha pessoa. Gastava maior parte da minha atenção e energia a aumentar o paredão entre o seu poder e a minha mente.
- Estás diferente.
- Estou igual.
- Não estás não! O teu cabelo está desalinhado, as tuas roupas desarranjadas… Não sei, tens algo estranho em ti…
- Tu vês coisas! - Eric aproximou-se de mim, puxou-me pelo braço e analisou toda a minha cara. Afastou os meus cabelos, tentando procurar alguma coisa, eu sabia o que ele queria: procurava algum sinal; um arranhão, um chupão, um aperto qualquer coisa e eu afastei-o logo. - Fica quieto, Eric!
Eric intensificou o seu olhar, procurei algo na minha mente que aumentasse o poder daquela parede. Eric não podia saber, não sabia porquê mas, contar-lhe seria…
- O que me escondes? - Avançou para mim, segurou os meus braços com força novamente e fixou o olhar no meu. Ele bem tentou ler a minha mente mas, seja o que for que o ouviu fê-lo largar-me logo e afastar-se de mim com as mãos na cabeça. Aquilo estava agoniar-me, mas eu não queria tê-lo ali.
- Não escondo nada de ti.
- Então, porquê que estás com tanta coisa na cabeça? Sabes muito bem que isso desorienta-me.
- Não tens nada que ouvir o que eu penso, Eric. Nem tudo é do teu interesse!
- Se me escondes alguma coisa eu preciso de saber.
- Não! Porque raio achas que deves escutar tudo o que se passa na minha cabeça? Tu devias saber melhor do que ouvir os meus pensamentos. Não tens direito de escarafunchar na minha mente! – Afastei-me dele, o quanto mais me afastasse, mais conseguia controlar o paredão mental. Olhamo-nos por segundos, conseguia ver a raiva de Eric por não conseguir ler a minha mente e então abandonou-me, saiu do quarto furioso levando tudo em frente. E eu não podia estar mais contente! Fechei a porta, encaminhei-me para a cama e cai em cima dela que nem peso morto.

Durante aquela pausa silenciosa, em que a noite morria naveguei pela minha mente. Os meus olhos abriram-se sob carícias que se formavam na minha pele.
- Onde estavas? – Perguntei sob as suas carícias.
- Fui dar uma volta. – Deu-me um leve beijo na testa. - Sentiste a minha falta?
- Não.
- Mentirosa. – Ri-me levemente. Encarei os seus olhos verdes perto da minha cara, deitou-se ao meu lado e eu voltei-me para encara-lo outro, até que Dean bocejou.
- Estás com sono.
- Tu cansas-me… Na maneira mais atractiva possível. – Disse ele com os olhos a lacrimejar. Limpei-lhe as lágrimas de sono, ele fechou os olhos perante o gesto de carinho, segurou a mão que lhe tocou na cara junto a sua e largou um suspiro.
-  Tudo bem, dorme Dean.
Em poucos segundos ele tinha adormecido e eu não conseguia parar de contemplar.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Immolation Season - Ep 25, Carmen

Moscow Season - Ep 25, Carmen

Immolation Season - Ep 24, Julian