Moscow Season - Ep 18, Samantha
Depois da Sheftu fugir que nem uma louca daquele homem que ajudara a Carmen naquela hora de aflição, decidiu procurar por si mesma o que desejava. Mas, seus olhos pousaram sobre um livro que continha histórias sobre vários seres sobrenaturais que a levaram novamente ao passado, que vivera junto de Louis. Será que essas memórias lhe trariam problemas?
“Saint or Russian” by Samantha Saint
- Olha, acho que está ali alguém.
- Pois está. Se for um guarda mato-o já!
- Tem lá calma! Cheira lá bem…
- O que tem?
- Cheira! Acho que conheces…
Ela inalou e ele apareceu mesmo diante nos nossos olhos.
- Que estás aqui a fazer? – Ela ficou louca ao vê-lo ali. Só
não entendi porquê….
- O que achas que estou aqui a fazer? É óbvio, não é? – Ele
foi arrogante com ela… Ela limitou-se a revirar os olhos.
- Não és tu aquele que estava a ajudar a Carmen? – A
interrogação fingida estava escarrapachada na minha cara.
- Meu caro, prefiro morrer...
- NÃO, ONDE VAIS SHEFTU?! NÃO FAÇAS ISSO!!! – Gritei para
ela sem entende porque é que ela desatou a correr como uma louca para longe de
mim e do desconhecido.
- Aff, mulheres... Espera aqui que eu vou buscá-la, não te
preocupes que eu trato dela.
Limitei-me a encolher os ombros, estava completamente
confusa. Bom, ao menos estava no sítio certo.
- Não vou esperar nada. – Pensei alto. – Como ela é, é capaz
de fugir dele durante horas. Acho que vou começar à procura do que vi aqui fazer.
Eu tinha de encontrar rapidamente a parte onde falava sobre
os templários. Realmente nem sei bem porque é que me estava a interessar tanto
por este assunto. Tinha a certeza que iria descobrir algo que não me ia agradar
e ia ficar fula da vida. Mas enfim, o que fazer? A minha teimosia e curiosidade
são maiores!
Aquelas prateleiras estavam completamente imaculadas. Deviam
ser limpas todos os dias de certeza absoluta. Mas havia algo naquele cheiro que
me dava umas dores enormíssimas na cabeça.
- Mas que cheiro, credo…
Procurei rapidamente sobre os templários. Mas quando
caminhava para lá houve uma secção que me saltou à vista. Criaturas míticas e irreais, o que será isto?
Quando li o índice fiquei completamente estupefacta. Falava
de dezenas de criaturas. Lobisomens, bruxas, fantasmas, zombies e como é obvio.
Vampiros. Saltei rapidamente para essa secção e falava sobre as coisas mais
absurdas como a forma como achavam que se matavam vampiros, e o mais ridículo…
Achavam que os vampiros tinham desaparecido da face da terra… Como é ridículo!
Sentei-me numa das mesas que estava próxima de mim. Pousei o
livro e li um pouco mais sobre o que havia sobre os da minha espécie mas houve
uma parte completamente inacreditável… Num dos capítulos sobre vampiros, falava
sobre os mais perigosos de todos os tempos.
Muitos nomes que lá apareciam eu não conhecia, outros sim.
Mas fui um que me saltou a vista e a atenção. Louis… Como era possível?
- Não estou a acreditar – Murmurei – Ele? Perigoso? Perigoso
é imp…
Nesse momento desmaiei… Não um desmaio como nos humanos, era
uma espécie de um transe. E foi logo a minha mente parar no Louis…
Num dia de Inverno, muito frio, senti-me sozinha na
gigantesca cama de cetim, achei muito estranho. Olhei para o relógio... Eram 15
horas da tarde e o meu apaixonado encontrava-se sentado no chão, com as pernas
dobradas e os braços cruzados.
- Louis? Porque estás aí? Vem dormir, não te esqueças que
tens que descansar. Esta noite vamos caçar...
- Espera, eu já me deito. – A sua voz estava baixa e parecia
triste.
- O que se passa? – Perguntei preocupada.
- Não se passa nada minha querida Samantha...
Fui para o fundo da cama, coloque os braços a volta do seu
pescoço e dei-lhe um beijo na orelha.
- Diz-me o que é... Eu já te conheço, sei que não estás
bem... Conta-me.
- Não sei. Sinto-me melancólico. – Fez um ar triste,
cabisbaixo.
- Mas no que estas a pensar? Falta-te algo? Precisas de
ajuda?
Ele riu e disse-me:
- Não me falta nada... Tenho-te aqui comigo e isso basta
para mim.
- Então mas...
- Nada, a sério. – Deu um beijo no meu braço e encostou a
cara. – Está tudo bem. Voltemos para dentro da cama. Está demasiado frio...
- Nós não sentimos frio! – Ri-me com o seu comentário. –
Bela maneira de mudares de assunto facilmente. Mas não penses que me enganas,
sei bem qual a tua ideia. Só acontece porque eu deixo.
- Eu sei que sim, nem era essa a minha intenção. – Voltou a
beijar-me mas desta vez na cara. – Vá, dorme.
- Então e tu?? – Mordi o lábio em sinal de espera.
- Que apressada que a senhora está hoje!
- E tu estas demasiadamente estranho.
- Nós somos estranhos lembraste? – Sorriu para mim.
- Sim eu sei meu querido. – Abracei-o com ternura e puxei-o.
– Vá, anda.
- Pronto, está bem…
Levantou-se do chão, puxou-me e beijou-me intensamente. Um
tal beijo da qual a excitação me alcançou, mas não esta noite. Esta noite seria
de descanso e não de prazer infelizmente. Deixei que deitasse-me e me
aconchegasse nos lençóis. Agarrei o seu braço, não o queria deixar ir embora.
Ele deitou-se ao meu lado, beijou o meu pescoço e acariciou a minha cara… Acho
que adormeci assim pois realmente não me lembro de mais nada que tenha
acontecido depois disso.
Quando acordei o meu apaixonado levantado. Preparava-se para
a nossa caçada.
- Porque não me acordaste Louis?
- Estavas tão bem a dormir. Não te quis acordar. – Sorriu
para mim com aquele ar meigo só dele.
- Já tens ideia para onde vamos?
- Ainda não sei. Queres longe ou perto? – Começou-se a rir.
Não me estava a apetecer nada andar muito.
- Não sejas palerma! Só me quero alimentar. Desde que esteja
contigo estou bem.
- És um amor Samantha… Vá… Vai-te vestir, põe-te bonita.
- Estás a chamar-me de feia?
- Não, na verdade eu só queria que estivesses ainda mais
linda do que aquilo que já és. Parece-te assim algo tão errado?
- Não, não!! – Comecei a rir. – Ai como eu gosto de ti!
- Gostas? – Fez um ar super escandalizado, mas ironicamente.
– Não fazia a mínima ideia!
- Gosto muito. Quando me fazes feliz, quando me deixas
passada dos carretos, aborrecida ou até mesmo quando me deixas triste, eu amo
muito na mesma.
- Desculpa?!
- Desculpo o quê?
- Nunca te tinha ouvido a dizer isso…
- Isso o quê? – Realmente não estava a entender o que é que
ele estava a querer dizer com aquilo.
- Que me amavas.
- Ah! Amo, mas qual é o espanto? Não sabias?
- A verdade é que não…
- Como não? A forma como te falo, te trato. O sexo e tudo
mais… Nada disso achas que tem significado para mim? – Saí do quarto, ia mesmo
assim em roupa de dormir para a rua.
- Amor…! Espera! – Correu para mim e agarrou-me um braço.
- Larga-me!!! Como podias não saber que eu te amo, quando eu
te amo mais que tudo no mundo???!
- Espera, por favor! Porque não me ouves?! Eu só quis dizer
que nunca me tinhas dito isso! Será que não entendes? – Abraço-me com ternura e
beijou-me na boca. – Eu amo-te! Amo-te mais que tudo. Para meu espanto. Eu
nunca pensei ficar tão ligado a alguém como estou a ti. Não magoes nem firas o
meu… Hum coração.
- Pois, mas tu não tens coração.
- Samantha! Acorda por favor! Diabos me levem! Não me faças
isto! Eu amo-te e sempre amei e amarei! Nunca, mas nunca duvides disso.
- Eu desculpo amor. Precisas de acreditar mais em mim, só
isso. É esse o teu problema. Nunca confias.
- Eu confio em ti. Juro que sim!
Beijamo-nos como se fosse o último beijo que daríamos.
Sentia as suas mãos a percorrerem o meu corpo. Nas minhas pernas, a subirem até
as ancas e apertar-me com força para junto do seu corpo. Beijava loucamente a
minha boca, o queixo e o pescoço, o meu peito semi-desnudado.
Colocou-me em cima dele e enquanto, agora eu beijava o seu
pescoço e o seu peito ele apertava o meu traseiro com prazer. Isso deixava-me
doida. Ele sabia muito bem do que eu gostava….
A volúpia crescia nele a olhos vistos. E eu podia muito bem
sentir isso. Era o que eu queria, desejava, o que ansiava. Aquele meu homem era
de uma sensualidade extrema. De uma postura que não dá simplesmente para
explicar. Cada toque, gesto, beijo ou expressão tinham um significado, um
propósito. Nada era deixado de lado nem era feito à toa. Era tudo perfeito…
Nada como uma discussão para ser curada com uma boa dose de
sexo. Neste caso amor. Um amor completamente improvável entre vampiros.
Esquecemos a caçada e todo o mundo lá fora à nossa volta. És perfeita, ele disse-o naquela noite. Um amor nada sórdido. Tão
perfeito como ele me chamara.
Mandei um grito estridente quando acordei.
- O que raio foi isto? Maldito cheiro!
Nesse momento entrou alguém.
-Quem está aí?? – A voz perguntou...
Oh não! Então e agora? Como vou fugir? Não quero matar
ninguém… Não hoje!
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