Moscow Season - Ep 16, Carmen

Carmen, ao se ter submetido a uma hipnose, descobre finalmente a razão porque aquela sombra – Dean – a persegue e a quer morta. Ela foi a razão por ele se tornar quem é hoje, ao matar os seus pais a sangue-frio. Definitivamente Carmen tinha de fazer algo para resolver o assunto, mas o fim justificaria os meios?

“To kill or to be killed…That is not a question!” by Carmen Montenegro


Abri os olhos de repente, enfrentei o céu. Não tinha cor normal mas sim um acinzentado esquisito. As nuvens estavam grossas em sinal de chuva breve mas, não foi isso o que mais estranhei, mas sim as árvores gigantes que pareciam perfurar as nuvens de tão altas que eram. Onde estava eu? Rebolei sobre mim, sentindo as folhas e os galhos partirem sob o meu peso e levantei-me. Vi à minha frente, escondida por entre as árvores uma casa de madeira com uma caixa de correio que dizia ROSS;
Até mim, a brisa fria da noite, trouxe um cheiro doce que se assemelhava a morangos acabados de apanhar e como se estivesse hipnotizada cambaleei em direcção à casa. Senti uma vontade louca de entrar, uma vontade de irromper pela casa adentro mas, agarrei-me a um árvore enquanto era consumida pelo desejo de sangue, sentia aquele fogo a subir garganta acima.
Agarrei-me a um tronco de árvore e comecei a descascá-lo com as minhas unhas lutando contra a vontade e foi então, que a porta da casa de madeira se abriu. O cheiro doce invadiu-me rapidamente e eu inspirei profundamente de olhos fechados, guardando a brisa. Quando abri os olhos, vi uma mulher à porta da casa, trazia um vestido comprido azul-escuro e um casaco preto leve, carregava uma cesta de roupa vazia, provavelmente iria recolher os trapos que se abanavam no estendal. Ela era linda! Parecia um anjo de cabelos loiros e pele clara. Um anjo de cheiro doce e pescoço desnudado.
Voltei a agarrar o tronco de árvore com força, o cheiro dela era embriagava-me por completo. Conseguia sentir a pulsação de onde eu estava, estava louca para saltar-lhe ao pescoço e beber todo aquele sangue, que me estava a deixar maluca!
Mas, algo aconteceu que me deixou desnorteada. Fui derrubada por um encontrão forte que me deixou cair ao chão de cabeça.
- Mary, foge! Esconde o Dean!
Dean?! Quem era esse Dean?!
Levantei a cabeça, só a tempo de ver a minha presa entrar dentro de casa assustada.
Senti uma mão fechar-se em volta dos meus cabelos, fui elevada do chão à força toda e encostada a uma árvore. À minha frente estava um homem forte e de barba rija, numa mão vi-o segurar o que parecia ser um pedaço de madeira, enquanto a outra tinha descido para o meu pescoço e apertava-o com toda a força.
- Vais morrer, sanguessuga! – Avisou-me ele. Por que é que os humanos eram tão burros a esse ponto? Não me deixei intimidar nem um pouco e, num movimento rápido, trespassei-lhe o peito e agarrei o seu coração entre a minha mão. Encarei os seus olhos castanhos, enquanto via a sua vida desaparecer. A sua cara mostrou surpresa, choque, medo a cada aperto maior que eu dava. Por fim, farta daquela brincadeira, arranquei o coração e o corpo do homem caiu ao chão inanimado. Atirei aquele órgão idiota para o lado, limpei aquele sangue imundo no meu vestido, ainda mais imundo, e lancei-me em direcção à casa. Só queria beber aquele sangue.
Abati a porta com um pontapé forte, que a arrancou das dobradiças, a minha presa soltou um berro de horror. Estava encostada ao guarda-fato, toda encolhida cheia de medo. De certo modo aquilo só me excitava ainda mais, corri até lá, agarrei-a pelos cabelos loiros e arrastei-a pelo chão. Ela gritava, esperneava, berrava mas, lá consegui controlá-la quando me sentei em cima dela e agarrei o seu pescoço. Puxei a sua cara para junto da minha, olhando bem no fundo dos seus olhos verdes.
- Não te preocupes… Vais sentir… Só uma leve picada… – Fiz as minhas presas descerem e mordi o seu pescoço branco. Ela gritou ainda mais, arfou e murmurou algo que desconcentrou-me.
- Dean… Vinga-nos…
Quando ouvi aquilo mordi com mais força, ela gemeu de dor e por fim calou-se. O seu coração enfraquecia a cada gota que tirava dela, o seu corpo ficava mais mole a cada chupão. Em poucos minutos, ela já não tinha sangue algum dentro dela, por isso larguei o seu corpo com violência, enquanto apreciava o sangue que ainda queimava na minha garganta.
Observei-a ali, caída sem nenhuma vida dentro dela e não vi aquele brilho que antes tinha-me ofuscado e todo aquele cheiro doce tinha desaparecido. Era apenas um cadáver seco e feio.
Ouvi movimento atrás de mim e voltei-me rapidamente. Era um miúdo, não devia ter mais do que dez anos que me observava com um brilho nos olhos e punhos cerrados. Os seus olhos eram grandes, verdes e o cabelo acastanhado, com algumas sardas na cara. Olhei-o de cima abaixo, ainda tinha alguma fome mas, não ia atacar um miúdo.
- Matas-te os meus pais!
Levantei-me de cima da sua mãe, e encarei-o com um sorriso.
- Se serve de consolação, o teu pai é que me atacou e a tua mãe… Bem, ela simplesmente fugiu. – Passei por cima do corpo inanimado, encaminhando-me para a porta.
- Eu vou matar-te! – Parei ao ouvir aquela ameaça a mim, de tão nova voz. Voltei-me para o encarar e vi o ódio na sua cara. – Vou encontrar-te e matar-te!
Eu sorri maleficamente. Virei as costas.
- Boa sorte, puto.
E bati com a porta.

Quando voltei ao presente, tive a mesma sensação de uma pessoa que aguenta a respiração debaixo de água até não poder mais.
- Calma! – Demorei a dar-me conta que estava de volta ao meu quarto e que Eric ainda segurava a minha cabeça. Calma, Carmen. Não te levantes...
- Larga…Larga-me…Larga-me…
Eric deixou a minha cabeça e novamente lancei-me numa tentativa de tentar pôr-me de pé. Assim que me levantei, desmoronei em direcção ao chão mas, fui segurada quando pensava que ia comer o tapete.
- Qual é a parte de “não te levantes” que não entendes?
As mãos de Eric estavam à volta da minha cintura, agarrando-me com força.
- Larga-me! Eu estou bem! – Tentava afastar as suas mãos do meu corpo mas, ele não deixava.
Chegou a um ponto em que Eric, virou-me e fez com que eu o enfrentasse, ele olhava-me directamente no fundo dos meus olhos.
- Vê-se! Olha, ainda estas meio grogue… Ele puxou-me de novo para a cama. Fizeste uma grande viagem ao teu passado, tens de descansar.
Ajeitou-me na cama, puxando os lençóis para cima tapando o meu corpo ainda desnudado. Não que o incomodasse, nas suas palavras ele já tinha visto tudo aquilo, Eric era simplesmente um cavalheiro. Esperou que eu voltasse ao normal ficando a encarar-me no silêncio.
Ainda tinha cravado na minha mente a cara do rapaz que, apesar de novo, já conhecia a raiva e o ódio. Tão novo, apenas dez anos e queria usar a minha pele como escudo.
A voz de Eric soava longe, muito longe. Apenas tinha em mente a cara do rapaz, do miúdo, da criança que tinha um ódio crescente pela minha pessoa.
- Dean…
Ao ouvir o seu nome sair da minha boca, fui percorrida por um arrepio na espinha. Encolhi-me na cama, ao dar-me conta que aquilo não iria ter fim nunca. Só havia uma opção.
- Oh meu Deus… Senti que Eric estava de pé, provavelmente de braços cruzados. Eu continuava de olhos pregados nos lenços mas, senti os seus olhos colados em mim. Essa cara! Essa cara significa que estás a magicar uma má ideia. E antes sequer de a mencionares eu digo, logo que não!
- Tem que ser, Eric.
Ele bufou.
- Eu sabia… Começou a caminhar pelo quarto. Carmen, não tens que te sentir culpada por teres morto dos pais do miúdo. Tinhas fome, não comias há dias…
- Como é que sabes?
Eric voltou-se para mim.
- Hum… Eu conseguia ver… A tua memória… Ele parecia um pouco embaraçado com aquela revelação. Faz parte…do processo…
- Uau…quando eu pensava que não podias ser mais esquisito…
Ele sorriu-me constrangido, coçou a cabeça e suspirou.
- Não te culpes, Carmen.
- Não é isso, Eric! Sei que estava esfomeada, é só que… Calei-me e comecei a imaginar Dean, a sorrir enquanto eu queimava ao nascer do sol. Não pode evitar uma sensação de vertigem.
- Continua…
- Só que não vai acabar! Ele sabe quem eu sou, sabe como encontrar-me, sabe como onde estou! Ele é um fantasma, trouxe-me aqui e ninguém o viu. É impossível encontrares o cheiro dele na minha roupa, porque ele esconde-se! A minha voz saiu determinada. Quando olhei para ele, vi o seu olhar de surpresa. Nem pensar que vou deixar intimidar-me por uma ”sombra”. Vou matá-lo, antes que ele resolva matar-me.
Eric olhou para mim com um ar de espanto total.
- Ai, agora virámos assassinos?
- Ele vai matar-me!
- E tu tens medo, como disseste, de uma “sombra”?
- É uma questão da lei do mais forte, matar ou ser morto!
- E isso justifica assassinato?
- Sim!
- Desde quando? Tu não és uma assassina, Carmen! Tu és…
- Eu não entendo! – Interrompi-o bruscamente com a minha voz elevada. – Se ligo demasiado aos meus sentimentos humanos sou um fracasso como vampira. Se encarno o meu lado vampírico sou uma cabra sanguinária! Se fosse a Sheftu…
Será que ele estava a ter a mesma sensação que eu tinha no peito, de que subitamente voltámos ao passado e estávamos a ter uma discussão como um suposto “casal”?
- Porquê que tens sempre que a meter ao barulho? Ao menos ela não tenta chacinar gente inocente.
- Ela não precisa de tentar, Eric, ela faz logo e não te vejo a correr atrás dela impedindo-a! Porquê que dificultas isto?
- Porque não és a Sheftu, tu és a Carmen! Ela pode ser até uma cabra sanguinária mas é a natureza dela! Tu não és assim, estás a agir por desespero… Quando ages assim, nunca saí nada bem!
- Não finjas que me conheces, Eric!
- Ena, obrigada pela parte que me toca, miúda!
Novo silêncio entre nós, que substituía o pedido de desculpa. Eu cruzei os braços e afundei-me nas almofadas, enquanto Eric permanecia de pé com os braços cruzados.
- Pensa bem… – A sua voz estava num tom mais baixo do que o normal. – Ele não te matou, salvou a tua vida!
- Para poder fazê-lo mais tarde, Eric! Eu sou um alvo a abater e sinceramente, prefiro matá-lo a morrer nas mãos dele! Agora… – Encarei-o com toda a determinação. – Vais ajudar-me ou não?
Foi então que a porta se abriu de rompante e Pan apareceu. Era uma mulher alta, que sempre se vestia de preto, com o cabelo aos caracóis imensos e uns grandes olhos verdes e venenosos. Uma cobra venenosa.
- Hey, Eric… – Os seus olhos pararam em mim, nua debaixo dos lençóis e em Eric que estava a centímetros da minha cara. – Interrompo?
- Sim! – Exclamei irritada.
- Não. – Respondeu Eric mais calmo.
Pan cruzou os braços com um ar superior.
- Então?
Eric suspirou e afastou-se de mim lentamente, ficou sentadoàa minha frente. Olhou para mim num olhar cúmplice e logo voltou-se para Pan.
- O que se passa?
- Queres mesmo que diga? – Pan olhou para mim e ergueu a sobrancelha. - À frente dela!?
Fiz um ar de ofensa extrema. Pan era a mulher – ou pelo menos aparentava ser uma mulher – mais detestável em todo o universo. Era manipuladora, arrogante, irónica e para além do mais venerava Eric como se fosse um Deus.
O pior, era que Eric alinhava mas, não pelos motivos que Pan ansiava. Afinal, alguém precisava de ser o bode expiatório na trama.
Eric levantou-se da cama lentamente, encaminhou-se para a porta e saiu, Pan saiu logo a seguir não sem antes mandar-me um sorriso idiota.
Voltei a encostar-me à cama, aconchegando-me as almofadas gigantescas e fofas.

Vi-me num local espaçoso e escuro. A música ia aumentando de volume, e ao mesmo tempo eu mexendo o meu corpo ao som da batida, com movimentos leves e sensuais. Dançava para mim, não para os outros. Passei as mãos, pelas ancas, pelas pernas e voltei a subir, sempre com um leve remexer, até as mãos se levantarem no pico da música. Tinha os olhos fechados, e sentia cada nota a subir-me pelo sistema e a tomar conta de mim como nunca antes. Sempre adorara dançar mas, naquele momento sentia-me mais livre do que alguma vez me sentira em humana. Tinha os olhos fechados mas conseguia ver as luzes do local; amarelas, verdes, azuis, vermelhas…ao mesmo tempo com sombras que se mexiam rapidamente, provavelmente outras pessoas.
Com as mãos, ao mesmo tempo que balançava o corpo de forma sensual, levantei os cabelos acima da cabeça, para depois largá-los levemente. Os meus braços abriram-se como se eu estivesse a dar boas vindas ao ritmo que fluía por mim. Abanei a cabeça, de um lado para o outro levando o cabelo aos olhos. Os braços voltaram a envolver o meu corpo num abraço enquanto me movia sensualmente.
Foi então, que senti alguém colar-se a mim, por detrás. Senti um reforço do abraço que dava a mim mesma e como o corpo seguia os mesmo movimento que o meu. Senti mãos quentes a descerem para a minha cintura puxando-me para mais perto, continuando o movimento extremamente sexual. Uma respiração quente aproximou-se do meu ouvido, senti um peito musculado contra as minhas costas e, como as mãos que agarravam as minhas coxas eram fortes.
Eu continuava a mexer-me ao som da música que tinha uma batida única, fortificada por sons de baixo e guitarra em uníssono. Subitamente, não era eu que ditava os movimentos mas, quem me segurava. Senti a sua boca a beijar-me no ombro, depois o pescoço e, com especial demora, a marca das dentaduras do meu criador debaixo da minha orelha. Absorvi aquele calor com todo o desejo e vontade possível, entregando-me completamente aquele calor irreal.
Não aguentava mais, precisava de ver quem era. E como se adivinhasse o meu pensamento o vulto fez-me girar. Caí com a cara mesmo no seu peito, subitamente, tive vontade de abrir os olhos e ver quem era, mas estava a gostar tanto daquele anonimato sensual e incomum. Continuamos assim, ainda durante uns segundos. Sentia-lhe cada centímetro debaixo da roupa
- Olha para mim…
Como se estivesse sobre hipnose, abri os olhos ao ouvir aquela voz em tom baixo e super sensual. Levantei os olhos, vi o seu pescoço, depois o queixo com a barba recentemente feita, os lábios rosados mesmo sobre as luzes, o nariz perfeito e totalmente de acordo com a sua cara, a seguir vieram os olhos…verdes, grandes, profundos capazes de olhar através de uma alma.
Reconheci a sua cara mas, mesmo assim não me afastei, e o facto de nos olhar-mos por segundos, apenas fez com que ele me puxasse para mais perto e iniciasse-mos a nossa dança. Aproximou a sua cara da minha, as nossas testas tocaram-se, as nossas respirações estavam em total harmonia. Ambos sabia-mos o que fazer, e talvez quais as consequências desse acto mas, nem por isso ditamos o fim.
Os seus lábios roçaram os meus, muito levemente e, como se subitamente o tempo tivesse parado e só nós estivéssemos ali, senti-o a aproximar-se mais...
Eu simplesmente não o queria largar…

Acordei completamente desnorteada sem saber, o que raio estava a acontecer? O que era aquilo? Não podia ser um sonho, os vampiros não sonham…nem dormem quanto mais! Mas, mesmo assim não pude abanar aquela sensação de premonição. Seria isso? Uma premonição? Com…Dean? E o pior…porquê que eu não me queria largar? Porquê que eu só o queria ter perto de mim?
O que se estava a passar?
A porta abriu-se de repente e eu encolhi-me debaixo dos lençóis ainda sobre o efeito daquele estranho momento.
- Eric, vais mesmo fazer isso? Perseguir aquela louca novamente…
- Tem de ser, Pan. Deixá-la sozinha é o que mesmo que anunciar o fim do mundo… – Disse Eric aproximando-se da minha cama.
- Mas, qual é a tua obsessão por ela? É simplesmente idiota.
Eric ia sentar-se quando parou o gesto a meio. Voltou a erguer-se, voltou-se para Pan com o ar mais sério possível.
- Faz um favor, Pan. Guarda os teus tristes comentários para ti. – Puxou as calças de ganga um pouco para cima e sentou-se na cama no espaço à minha frente. – Agora faz-te útil e prepara as coisas, sim?
Eu olhei para Pan e vi o seu ar presunçoso desaparecer, ao ver o tom asqueroso com que Eric lhe falava, para no fim abrir a porta e sair, fechando-a com alguma malvadez.
Perdi-me novamente naquela imagem cada vez mais esbatida da minha sensual dança com…Dean. Não conseguia deixar de achar que aquilo tudo era super irreal.
Senti aqueles olhos observadores pregados em mim.
- Ainda não desististe da ideia de ires atrás do Dean, certo? Ires numa missão suicida…ou homicida.
- Tu não entendes…
- Certo, imaginemos que eu até possa ajudar-te, arranjar maneira de o encontrar mas, explica-me uma coisa, ó génio! – Disse com um ar incrédulo. – O dia está a nascer, como esperas ir lá fora?
Eu mordi o lábio perante aquela dificuldade mas, no segundo seguinte tive uma ideia ainda mais luminosa e, como sempre, o sexto sentido de Eric falou mais alto e imediatamente levantou-se.
- Faz-me um…
- Não! – Ordenou imediatamente com um ar sério. – Não mesmo, Carmen!
Eu fiquei parva com a maneira como ele me olhava e mostrava o seu desagrado.
- Qual é o teu problema?
- O meu problema é tu só teres ideias parvas, Montenegro! – Sempre que Eric se chateava a sério, chamava-me pelo meu sobrenome. Algo irritante mas, que ele adorava fazer. – Não só queres ir atrás de alguém que te quer matar, como queres um feitiço para andar sobre o dia! Que mais queres?
- Eu quero acabar com isto!
- Agindo de cabeça quente? Não dá! Para não falar na infantilidade que isso demonstra da tua parte…
Inconscientemente, estendi a mão ao candeeiro que estava na mesa-de-cabeceira e atirei-o contra Eric. Porquê que ele não me ajudava? Porque raio tinha que ser tão…tão…Eric!
Graças aos seus reflexos rápidos, ele desviou-se e o candeeiro desfez-se em mil pedaços com um barulho imenso. Eric ficou a olhar espantado para os cacos no chão, voltou a sua cabeça para mim e vi o seu olhar espantado.
- Como eu disse: Infantil. – Repetiu com um tom azedo.
Encaminhou-se para a porta com passo rápido.
- Eric, por favor…
A minha voz fê-lo parar com a mão na maçaneta.
-Faz-me um favor, Carmen; Não te metas em problemas. Não posso salvar-te a toda a hora.

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