Moscow Season - Ep 3, Samantha

Este é o episódio da nossa Samantha, uma vampira com um enorme ponto de interrogação por todo o seu passado humano. Mesmo assim, a sua morte lhe trouxera uma recordação de amor eterno que se esfumou tão rápido quanto apareceu. Será que algum dia iria reencontrá-lo? Era uma pergunta que ela fazia tantas vezes que já a tinha mesclada pelas suas memórias de felicidade perdidas.

"Who Was That Guy" by Samantha Saint


Já estou farta de ouvir aquelas duas a discutir por uma matar e achar que é horrível, um ser desprezível só porque era caçadora na sua vida humana. E a outra ainda a provoca chamando-a de monstro… Ridículo.
Só gostava de saber porque raio apenas eu não me lembro de quem era na outra vida. Seria assim tão incompleta? Não sei quem fui, quem me transformou. Se eu o queria ou não esta… Amostra de vida. Bom, não me posso totalmente queixar, tenho o que o que qualquer comum mortal deseja. Beleza, uma espécie de saúde, riqueza e homens. Os homens, hum, esses caem-me aos pés. Idiotas e patéticos, tão superficiais. Basta lhes dar um arzinho do que eles desejam e até lambem o chão que eu piso. – Riu para si mesma ao ter essa ideia, ao se recordar.
Verónica que passava, olhei-a com desdém. E a resposta que obteve foi “Mete-te na tua morte!”.
Sempre a meterem-se nos meus assuntos. Ou sou eu que estou a ficar impaciente e implicante? Desde que Ele apareceu na minha vida, que simplesmente não me sai da mente. Tamanha beleza, tanto deslumbrante e esplendor, tão… Estupidamente caótico. Nunca tinha encontrado ninguém assim.
Não!!! Mas porquê? Se eu posso ter qualquer um que seja, porém só Ele me põem em êxtase. O vampiro mais estonteante que eu alguma vez tenha visto. Meu irrepreensível Louis Olive Russian.

Foi naquela noite, a 13 de Maio de 1987 que o conheci, por puro acaso.
Andava a caçar e parei num bar chamado Dixon, onde se faziam as típicas matines. Estava a procura da minha presa, afinal tinha que escolher bem.
Já tinha tudo mais que visto e ao fim de 3 copos de whisky, achei que ali não tinha nada de interessante.
Foi então que ele apareceu, vindo do nada. Fiquei extasiada a olhar para tamanho ser. Seu cabelo cor de ouro, o perfeito sorriso, a pele doce, delicada e intocável. O corpo de uma tal elegância que poderia desnortear os corações mais fracos… Isto, se eu tivesse coração. Sua face impecável, como a de um anjo. Um anjo negro. Era petrificante e ele notou o meu interesse de imediato. Enquanto se aproximava percebi que não se tratava de um humano mas sim de um outro igual a mim. Como não tinha percebido logo?

Também ele deve ter logo notado o mesmo. Sentou-se numa mesa afastado de mim porém, olhava-me tão fixamente como se seus olhos cor de mel me fossem absorver a qualquer momento.
Não me contive, fui ao encontro do estranho, queria saber porque me deixava tão intrigada. Não era a primeira vez que encontrava outros como eu.
Aproximei-me e fiz sinal para saber se me podia sentar na sua mesa, ele anuiu e eu sentei-me a sua frente.
Ficámos muito tempo a olhar um para o outro sem dizer uma palavra. Apenas a olhar cada um com o seu copo.
Muitos olhos se colocaram em nós…

– Se não vais falar porque vieste para aqui? – Olhou-me como se me estivesse a tentar avaliar.
Demorei alguns minutos a responder.
– Não sei bem. A tua presença, – hesitei até encontrar a palavra certa – Intrigaste-me. A propósito sou Samantha Saint.
– Prazer – Sorriu para mim – Louis Russian. Porque te intrigo? Nunca tinhas encontrado nenhum… Hum… – Baixou o seu tom de voz ainda mais – Vampiro? – Sorriu com um ar irónico.
– Sim já como é óbvio, não tenho culpa de tu seres extremamente desejável. Se fosses humano não te deixaria escapar por nada.
Soltou uma gargalhada surpreendentemente perfeita antes de me dizer:
– Posso dizer o mesmo.

Num sussurro disse:
– Dançamos? É que já está tudo a olhar para nós… Convém passarmos despercebidos.
Lançou-me um olhar tão profundo que não fui capaz de dizer que não.
Agarrou-me na cintura e prendeu-me de tal forma que quase fiquei sem fôlego. Sua mão tocou a minha face e dançamos. Dançamos durante horas, ou pelo menos foi o que me pareceu.
Esse foi o melhor dia da minha eternidade…

Maldita confusão daquelas duas, perturbaram os meus pensamentos, e como eles podem ser tão agradáveis, mas finalmente elas acabaram. Como é realmente insuportável viver com quatro mulheres? Acho que as posso chamar assim.
É melhor chamar aquelas duas para caçar, I NEED A FUCKING CAR! Depois de a Verónica ter tido um acesso de raiva e ter destruiu o meu maravilhoso, o meu Mercedes SLK 220. Para a próxima mato-a, disso ela pode ter a certeza! Mas logo para meu azar ela tinha que ficar naquele estado… Só mesmo comigo.
– Carmen, alguma de vocês vai caçar? Sabem bem que não posso ir a pé, dá demasiado nas vistas pelo modo como eu o faço e… Cairia um pouco mal – Sorri num tom amargo.
– Não sei bem se será uma boa ideia… Carmen parece mal disposta, duvido que ela te empreste o dela…
– Por isso mesmo é que estou a pedir boleia e não o carro!
– Pois, tens que perguntar, acho…
Interrompia a meio da frase. – Olha, esquece OK? Eu vou a pé! Farta de aturar as vossas birras!

Deprimente. Agora toda esta conversa que tenho de contar vai se brilhante! Sheftu e o passado dela. Então e eu? Em que é que fico?

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